Em seu incrível livro onde conta a sua luta para a libertação da mais numerosa possessão diabólica já registrada (apenas encontrando um único caso igual ao seu – o possesso que Jesus libertou da legião de demônios jogando-as em porcos em Marcos 5,15-20), o italiano Francesco Vaiasuso conta em seu livro “LA MIA POSSESSIONE – COME MI SONO LIBERATO DA 27 LEGIONI DI DEMONI” que ouviu falar de Medjugorje por uma amiga e decidiu pedir um sinal para Nossa Senhora que seria liberto, o sinal seria PARTICIPAR DE UMA APARIÇÃO EM MEDJUGORJE.
Segue o seu relato traduzido com exclusividade por Gabriel Paulino – fundador do Portal Medjugorje Brasil
“Um dia uma amiga de minha mãe entra na galeria e começa a falar de uma amiga de Detroit que foi para Medjugorje. Ela me disse: “Foi chamada para Medjugorje porque ninguém que vai ali não vai se não for chamado por Nossa Senhora.”
Um fogo. Estas palavras me inflamam. Começo a dizer: “Devo ir até Medjugorje, eu também devo ir. Se aquela senhora de Detroit foi porque eu também não posso ir daqui de Alcamo [na Itália]?”
Não sei nem mesmo onde fica Medjugorje. A procuro nos mapas mas não a encontro. Procuro informações. Me dizem que se encontra na ex-iugoslávia, onde agora acontece uma guerra. Rezo para Nossa Senhora e LHE digo: “Em oito dias me encontre um sacerdote que possa ajudar-me a ir até lá”.
Minha mãe nota uma mudança em mim. Não sabe explicar de onde veio mas está contente. Sorri quando um dia venho de carro e lhe digo: “Mamãe, agora colo um adesivo de Nossa Senhora no vidro e vou sozinho para Medjugorje.”
Estou determinado, decidido. Aquela cidadezinha perdida é o meu objetivo.
Porque este desejo tão forte de partir ? Não sei responder. Tudo começou com aquela seta colocada no meu coração. Ela, a dor, me empurrou em direção a Medjugorje mas o motivo, a origem deste ímpeto, permanece algo de misterioso até mesmo para mim.
Passam-se alguns dias e na galeria entra um sacerdote salesiano, dom Giusseppe Illari. Fala um pouco com minha mãe e depois se aproxima de mim. Me pergunta porque faz tempo que não vou até a sua paróquia. Lhe respondo que não tenho muito interesse e que o único desejo que tenho é de fazer uma peregrinação.
“Para onde ?” ele me pergunta
Para Medjugorje.
“Veja bem, agora estou apressado, não posso estar aqui, devo voltar para a paróquia. Porque não vai comigo ?”
Agora ?
Sim.
Minha mãe faz sinal com a mão para que eu vá.
“Vai te esperar amanhã de manhã as oito em Palermo.”
Quem ?
“Salvador, meu amigo. Quer ir até Medjugorje ? Fale com ele. Este é o seu endereço.”
As seis da manhã já estou de pé. As outo já estou com Salvador. Não sei quem ele é, mas confio em padre Ilari.
Era 3 de setembro de 1997.
Salvador tem sessenta e sete anos. Mora em uma zona residencial mas o seu apartamento é mal cuidado. Os móveis desgastados, paredes amareladas. Na entrada do apartamento pacotes embalados.
“Sente-se.” Ele me pediu.
Entrei mas a casa me rejeita.
Nas paredes penduradas diversas imagens sacras. Elas me observam. Me sufocam. É a mesma sensação que tive a muitos anos quando entrei na igreja pouco antes do crisma: as estátuas dos santos me olhavam sem parar.
Também Salvador é estranho. Vem na porta com uma roupa bege, calças velhas, sapatos usados. Parecia o Woody Allen.
Não sei explicar o porquê deste desejo de ir Mas existe e é incontrolável, trasbordante e não pode ser contido.
Dia 11 de outubro de 1997 finalmente partimos para Medjugorje, com um grupo de Perugia.Chegando na ex-Iugoslávia desço do ônibus primeiro. Vamos logo para a casa de Vicka. Nos dizem que está doente e que não nos poderá receber.
Fomos até a outra vidente, Ivanka Ivankovic-Elez. Nos dizem que retornará em três dias.
Fomos até Ivan Dragicevic. Também ele não está. Não tem ninguém.
Estou confuso. Encontro força de subir com Pietro [nosso guia] e o grupo de Perugia na montanha do Krizevac. É distante cerca de um quilômetro da Igreja de Medjugorje. Em seu topo [520 metros acima do nível do mar] os habitantes colocaram uma cruz de cimento de 8.56 metros. Deixo que todo o grupo reze na cruz e depois começo a descer em direção ao vale. Fico sozinho. Tiro do bolso uma foto de Daniela. Coloco a foto embaixo de uma pedra e peço a Nossa Senhora : “Se é Daniela a mulher de minha vida, deixe-a perto de mim. Senão faça o que Você quiser.”
Subitamente sou jogado no chão com os braços abertos quando de repente vejo toda a minha vida passar. Coloco-me inteiramente nas mãos de Nossa Senhora. Declaro estar pronto a começar uma nova vida.
Dentro de mim se agita uma tempestade. Vivo um grande trabalho interior. Ofereci todo o meu passado a Nossa Senhora mas ao mesmo tempo exigi a ELA o sinal gritando: “Faça-me encontrar um dos videntes senão não acreditarei.”
Pietro me diz que um dos videntes ainda está em Medjugorje. “Falta Marija Pavlovic”
Nos dirigimos até a casa de Marija.
Nos aproximamos da entrada e fazemos sinal a um jovem sacerdote alemão para entrarmos na casa. Deve participar da aparição de Nossa Senhora que está prevista para daqui a pouco.
Marija nota Pietro. Os seus olhos iluminam-se.
“Pietro ! O que você faz aqui ? Faz tanto tempo que não nos vemos !”
Vejo Marija aproximar-se com Pietro. Vem em minha direção.
“Você é o Francesco ?” me pergunta Marija.
Não sei o que dizer. Ela me faz sinal para que a siga. Entro em sua casa.
“Este rapaz é hóspede em minha casa.” diz Marija a um amigo.
Estas palavras significam muito para mim. Entram em meu coração e ali permanecem. Sou hóspede na casa de Marija, na casa de uma vidente. Nossa Senhora me respondeu. O sinal veio diretamente do Céu.
Marija me faz sentar na sala de estar. Me ouve. Dou-lhe a carta que escrevi para Nossa Senhora. Ela a pega e a coloca em um grande saco preto.
“Coloco-a aqui. Aqui estão as cartas que chegaram até mim hoje. Vê quantas são ? É impossível para mim lê-las. Mas Nossa Senhora sabe o que está escrito em cada uma delas. Ela sabe tudo.”
Não peço nada a Marija. Compreendo, na verdade, que ela não pode me dizer nada. Eu pedi um sinal à Nossa Senhora para acreditar, e ELA me deu. O que mais desejo ? O que mais posso pedir ?
Compreendo que é exatamente assim: encontrei a vidente, estive presente na aparição, não tenho necessidade de outros sinais. Já me foi dado tudo.
Retorno a minha cidade [Alcamo] disposto a acreditar.
E a minha vida de fato muda. Nada é como antes. Posso resumir em uma palavra: TRANSFORMAÇÃO.
Sigo a vida de sempre mas com energia e entusiasmo novos. Depois de anos volto a rezar com frequência. Procuro não faltar mais à Missa dominical. Não coloco mais o lazer em primeiro lugar no meu coração.