Enviado pelo Papa Francisco, o arcebispo Henryk Hoser será visitador apostólico em caráter especial para a paróquia de Medjugorje por tempo indeterminado. É um fato extraordinário e mais excepcional porque Hoser que já tinha dito que “as dioceses e outras instituições podem organizar peregrinações oficiais” viverá em Medjugorje. A nomeação não entra no mérito das aparições, mas é talvez o primeiro passo para a criação de uma entidade autônoma.
O Papa Francisco nomeou o arcebispo polonês Henryk Hoser, visitador apostólico em caráter especial para a paróquia de Medjugorje por tempo indeterminado e ad nutum Sanctae Sedis. Isto não significa que foi dado um pronunciamento sobre as aparições, das quais não se sabe quando poderá sair, mas se trata de um sinal importante de atenção a uma realidade – aquela pastoral e de fé – que flui ininterruptamente já a dezenas de anos.
O diretor da sala de imprensa vaticana Greg Burke enfatizou que “se trata de uma função exclusivamente pastoral, em continuidade com a missão de enviado especial da Santa Sé para a paróquia de Medjugorje, confiada a monsenhor Hoser em 11 de fevereiro de 2017 e concluída no mês passado (maio de 2018)”. Se trata de uma decisão do sumo pontífice em plena continuidade com o trabalho confiado ao arcebispo Hoser, e de fato, disse Burke “a missão de visitador apostólico tem a finalidade de assegurar um acompanhamento estável e contínuo da comunidade paroquial de Medjugorje e dos fiéis que chegam em peregrinação e pedem uma peculiar atenção”.
Greg Burke em seu comunicado afirmou que: “Hoser terá residência em Medjugorje. A nomeação não entra no mérito da autenticidade das aparições, ou seja, não diz respeito a questões doutrinais, mas simplesmente o cuidado pastoral dos fiéis locais e dos peregrinos que chegam em grande número”.
Para compreender esta decisão do Pontífice, é necessário recordar que pouco antes da visita de Henryk Hoser a Medjugorje o bispo de Mostar Ratko Peric, contrário ao fenômeno publicou um artigo muito duro, na qual tomava posição contra o veredito expresso pela comissão de Investigação vaticana presidida pelo Cardeal Ruini, que deu parecer favorável ao reconhecimento da realidade das aparições, pelo menos na primeira fase [7 primeiros dias das aparições].
O artigo de Ratko Peric – agora desapareceu do site da diocese de Mostar – que contestava a veracidade das aparições na primeira semana do fenômeno.
Parece evidente que o clima em volta do fenômeno Medjugorje, sem entrar no mérito das aparições agora mudou. Sobretudo no que diz respeito à devoção que fiéis de todo o mundo lhe dedicam: “O culto em Medjugorje é autorizado. Não é proibido e não deve se dar as escondidas. A minha missão consiste precisamente em analisar a situação pastoral e propor melhorias” declarou recentemente o próprio arcebispo Henryk Hoser que pouco depois se aposenta de sua função de arcebispo de Varsóvia-Prega na Polônia.
Hoser afirmou na época que: “A partir de hoje, as dioceses e outras instituições podem organizar peregrinações oficiais, não existe mais problemas”.
A decisão sobre a autenticidade das aparições deverá ser tomada pelo Papa. Mas não se sabe quando sairá uma declaração pública. O relatório final está nas mãos do Papa desde 2014, ao final de uma investigação que durou quatro anos. Por informações divulgadas o relatório sugere reconhecer a sobrenaturalidade das primeiras sete aparições. Hoser poderá, tendo agora a sua residência em Medjugorje “colaborar mais com o bispo e os franciscanos locais” afirmou o chefe da sala de imprensa vaticana, Greg Burke.
Traduzido do italiano por Gabriel Paulino – fundador do Portal Medjugorje Brasil – www.medjugorjebrasil.com.br
Matéria original: http://www.lanuovabq.it/it/medjugorje-la-santa-sede-prende-casa-dalla-gospa