A incrível história do senhor Marinko de Medjugorje

A incrível história do senhor Marinko de Medjugorje

 Marinko, que hoje (2011) tem setenta e um anos, na época tinha completado a pouco quarenta. Ele tinha acreditado desde os primeiros dias nas aparições marianas, ajudou os videntes e tinha se tornado amigo deles e por este motivo foi detido, interrogado e espancado pela polícia. Porque ? O que tinha acontecido ? Pode nos reconstituir aqueles primeiros meses das aparições ?

“Em 30 de junho de 1981 foi o primeiro dia em que a polícia começou a me seguir. Mandaram duas espiãs de Sarajevo e a idéia delas era de levarem os videntes para fora de Medjugorje na hora da aparição, de modo a desencorajar todos os peregrinos que estavam reunidos sobre o Podbrdo. De fato, com uma mentira, uma jovem senhora fez os videntes subirem em um carro e os levou para longe do Podbrdo pare os impedir de subir a colina. Mas os videntes, durante o trajeto, com um pretexto, pediram a motorista que fizesse uma parada, e assim rezaram, caindo em êxtase precisamente no trecho da estrada onde hoje existe uma igreja franciscana, a cerca de oito quilômetros de Medjugorje. A polícia de Sarajevo e as espiãs estavam de fato convencidos de que, se os videntes fossem levados para longe da colina na hora da aparição teriam impedido o contato daqueles milhares de pessoas a um fenômeno que estava se tornando incontrolável para as autoridades. Ao mesmo tempo, os policiais me forçaram a segui-los ao comando de Citluk onde me interrogaram o dia inteiro e a noite inteira. Estava cansado mas determinado em dizer a verdade, ou seja, que eu acreditava nas aparições e que os jovens não eram mentirosos: os conhecia bem e acreditava neles firmemente. Desde que os comunistas eram todos ateus, por isto Deus não existia e Nossa Senhora não podia aparecer. Queriam fazer uma lavagem cerebral em mim mas eu disse a eles que desde que nasci eu acreditava, conhecia aquelas crianças e portanto acreditava que tudo aquilo era verdade. Por este motivo três policiais me interrogaram sem parar. Depois veio um quarto homem que, tendo visto a minha determinação a não mudar a minha versão, primeiro blasfemou e depois me deu dois socos em meu rosto com violência. Mas eu estava totalmente convencido da minha fé que não senti nem mesmo as dores. Desejava me provocar. As onze horas da noite, em um outro quarto, ouvi gritos muito fortes por cerca de dez ou quinze minutos. Depois entraram os policiais com este quarto homem que me repreendia por ter estimulado filhos dos outros. “Porque” me dizia “não faz esta encenação com os teus filhos “ Eu respondi a ele: “estas crianças o conhecem bem e conhecem também os seus pais e seria o homem mais feliz do mundo se fossem os meus filhos a verem a Madonna”  e naquela hora ele me bateu como disse a vocês antes. Exatamente naquele momento no qual recebi aqueles dois punhos, na minha mente veio a imagem de Pedro quando renegou Jesus mas eu dizia a mim mesmo: “Nossa Senhora, minha querida, eles podem fazer a mim o que quiserem mas eu creio fortemente.” E naquele momento disse que não precisava mais responder nada. Voltaram ainda e me trouxeram uma folha e uma caneta onde deviam escrever de novo aquilo que tinha declarado. Cerca de uma e meia da noite veio uma datilógrafa, levou a folha dizendo que por aquela noite eu podia voltar para casa e que devia ficar por lá porque precisariam novamente de mim. Quando sai do comando da policia encontrei a minha esposa com um amigo que estavam me esperando e me disseram que eu estava preso ali dentro desde o dia anterior e que eles tinham ficado do lado de fora me esperando. Naquele ponto eu perguntei a eles o que seriam aqueles gritos que eu tinha ouvido. Me confirmaram que tinham estado diante do quartel da policia todos os videntes. Os seis jovens estavam me procurando. A policia os intimava a voltarem para casa. Os videntes continuavam a protestar e a me defender e diziam que eu era um bom homem e que não tinha feito nada. Se existiam culpados eram eles, os videntes. O pequeno Jakov se virou e com um dedo apontou para o chefe de polícia e disse a ele: “Também um dia virás sobre a colina das aparições.” O pequeno Jakov tinha apenas nove anos e não se podia compreender de onde vinha a ele aquela força de protestar diante de um oficial da polícia. Segundo a mim era a própria força de Nossa Senhora que estava dentro dele. Naquele mesmo momento os videntes, voltando daquele lugar acompanhados de uma moça tinham tido a aparição ao longo da estrada.”

“O que queria de você exatamente a polícia ?”

“A policia me interviu mais de dez vezes enquanto eu trabalhava, me levavam ao quartel e depois também para casa. Desejavam a todo custo que eu trabalhasse para eles, que me tornasse um espião… porque ? Queriam uma pessoa que se misturasse entre o povo, queriam me comprar mas eu os fiz ver as minhas mãos cheias de calos e os disse que continuaria a ser mecânico e não um espião.”

“Mas você é famoso entre os mais velhos da vila por um gesto de grande solidariedade.”

“Domingo, 30 de junho de 1981 era o quinto dia das aparições e já estavam 23.000 pessoas na colina: fazia muito calor e eu senti que devia ajudar aquelas pessoas. Se tivesse vindo como peregrino sobre aquela montanha, também eu teria tido sede, tanta sede. Então tive vontade de oferecer aqueles peregrinos transporte gratuito de dois carros cheios de água potável fresca, que fiz vir de Split.”

A policia perguntou muitas vezes a Vicka se Marinko tinha ganho dinheiro trazendo água e Vicka disse que eu tinha oferecido não somente água, mas também grapa (bebida destilada) e vinho. E tudo gratuitamente porque ele acreditava firmemente em Nossa Senhora.

“O que fez Nossa Senhora para agradecer-lhe ?”

“Em 15 de outubro de 1981 eu estava fazendo a grapa diante da minha velha casa e em Medjugorje estavam apenas Vicka e Jakov e todas as noites tinham a aparição juntos. Depois das três da tarde cheraram os dois até mim e conversei com eles por uns dez minutos e ao final Vicka me convidou para a aparição em sua casa. Como eu estava sujo porque naquele dia estava trabalhando, disse a Vicka que não me sentia digno de me apresentar diante de Nossa Senhora naquelas condições. Mas Vicka insistiu que eu fosse e então decidi e lhes disse que me juntaria a eles quando terminasse o trabalho. Enquanto Vicka tinha a aparição diante da casa ouvi me chamarem: “Marinko, venha aqui que Nossa Senhora chegou…” Era estranho que eles pudessem me ver chegar porque eles estavam dentro da casa e estavam em êxtase na presença de Nossa Senhora, portanto não poderiam me ver. Em dois segundos entrei e fui para o quarto enquanto Vicka e Jakov estavam em êxtase. Me ajoelhei e levantando as mãos disse: “Minha querida Nossa Senhora, me dê um sinal que você protege padre Jozo, porque ele não tem culpa, mas foi preso, torturado e o fizeram desaparecer. Está sozinho… protege-o tu, ajuda-o” Enquanto levantava os braços e pedia a Nossa Senhora que ajudasse padre Jozo, Vicka e Jakov diserram: “Nossa Senhora olha para ti e sorri para ti, Nossa Senhora esta vindo em direção a ti, Nossa Senhora te agradece pela tua forte fé e por tudo aquilo que fizestes pelos videntes. Então, Nossa Senhora, neste momento ti está abençoando e então agora, exatamente agora, está se aproximando de ti e está te dando um beijo no rosto, na bochecha.” Eu percebi tudo, senti uma sensação indescritível.

“Marinko, quando Nossa Senhora te deu um beijo, que sensação provou ? Que coisa percebeu ?”

“Senti como calafrios! A sensação física, um beijo sobre a pele… Todos aqueles que acreditam e rezam podem sentir este abraço e beijo de Nossa Senhora. Senti um grande calor embaixo da testa, um calor, calafrio e arrepio… tive um momento no qual explodia de alegria. Disse imediatamente aos meus amigos aquilo que tinha acontecido e eles imediatamente me pediram de contar a todos e eu, disse imediatamente a eles que sim.”

“Marinko, pode contar a nós também um outro episódio do qual fostes novamente o protagonista ?”

“Uma noite do final de julho, inicio de agosto de 1981 Nossa Senhora nos chamou para irmos ao Podbrdo as 23:00. Estavam em trinta ou quarenta pessoas e estavam presentes todos os videntes. Em cima do Podbrdo andavam já os peregrinos, que levavam com fé os espinhos onde Nossa Senhora tinha aparecido e onde tinha sido criado um buraco, no qual o meu filho mais velho Jure colocou uma cruz de madeira. Ali tinham alguns terços e também duas estátuas pequenas de Nossa Senhora e então, naquela noite, quando os videntes chegaram e se colocaram em fila como sempre um ao lado do outro, eu me coloquei próximo, a direita dos videntes, mas não me recordo mais a qual vidente eu estava próximo. Naquela noite quanto começamos a oração com o sinal da cruz e dissemos: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Quando pronunciamos a palavra “do Espírito” algo me tocou suavemente no ombro direito e ouvi uma voz interior que me sugeriu: “Levanta os olhos e olha para cima” Levantei o olhar em direção ao alto e vi que se abria completamente o céu.”

O fenômeno da abertura do céu é algo frequente em Medjugorje

Céu abrindo por cima da colina das aparições. Foto de peregrino italiano.

“Me desculpe, senhor Marinko, o que quer dizer com a expressão ‘ se abria o céu’ ??“

“Naquela noite não existia lua, não existiam nuvens, o céu estava claro com tantas estrelas e eu vi simplesmente abrir-se a abóbada do céu: tinha uma luz branca que estava vindo em direção a nós, também uma garotinha de onze anos que estava a minha direita viu a mesma coisa. Exatamente naquele momento a vidente Marija disse:” Paz, Nossa Senhora deseja rezar conosco.” Quando a luz chegou exatamente diante do grupo de peregrinos, parecia a explosão de um balão, mil estrelas de mil cores, parecia um festival de luzes. Ficamos em oração com Nossa Senhora por cerca de trinta ou quarenta minutos, os videntes nos convidaram a levantar e nos disseram: “Quem de vocês quiser tocar Nossa Senhora pode tocá-La agora!” Com aquelas palavras todos nós nos levantamos e nos dirigimos exatamente a aquele local onde estava o buraco e a luz e depois de alguns momentos os videntes nos disseram que Nossa Senhora tinha ido embora porque alguns de nós Lhe tínhamos esmagado o véu…”

O fenômeno da luz sólida (descrito uma vez por Vicka) e do balão luminoso, antes da aparição de Nossa Senhora foi também muitas vezes fotografado. Na foto acima, vemos como se forma a silhueta de Nossa Senhora em cima do local da primeira aparição.

Outra foto tirada por uma peregrina brasileira, onde se vê formando a silhueta de Nossa Senhora na colina das aparições.

“Marinko, naquela noite outros viram a luz além de você e daquela garotinha ?”

“Naquela noite todos nós que estávamos presentes vimos a luz. Quando vinha do céu em direção de nós era de cor branca e quando chegou onde estava o buraco explodiu em mil cores. Também jovens que estavam na estrada em um local a cerca de dois quilômetros da colina do Podbrdo viram a luz e correram até nós para verem que coisa estava acontecendo. Por todo o tempo ali tinha uma das duas estatuas de Nossa Senhora brilhava de luz. Depois quando já estávamos retornando para casa, cerca de uma da note, pedi ao amigo que tinha me acompanhado se queria voltar lá em cima para tirar algumas fotos com uma velha câmera Polaroid. Cerca de uma e quarenta estávamos de novo sobre o Podbrdo e aquela estatua brilhava ainda de luz. Tirei diversas fotos que tenho ainda em casa e faço ver a todos e se quiser faço ver a vocês também. As estátuas eram duas, mas somente uma delas brilhava enquanto a outra estava escura. A Polaroid não tinha flash e na foto se vê uma estátua que brilha e a outra não.”

Traduzido do italiano por Gabriel Paulino – site WWW.medjugorjebrasil.com

 

Fonte: livro VIAGGIO A MEDJUGORJE – PAOLO BROSIO – 2011

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