Matéria original: https://medjugorjetuttiigiorni.blogspot.com.br/2014/03/io-rinata-dopo-due-aborti-grazie-alla.html?m=0
Matéria original: https://medjugorjetuttiigiorni.blogspot.com.br/2014/03/io-rinata-dopo-due-aborti-grazie-alla.html?m=0
Traduzido do italiano por Gabriel Paulino – fundador do Portal Medjugorje Brasil – www.medjugorjebrasil.com.br
Entrevista concedida a Francesca Baldini
UM LONGO CAMINHO:
Alessandra está deixando o seu testemunho para ajudar os outros. Apenas abro a porta, o sorriso de Alessandra me atrai. Difícil dizer a idade: alta, cabelos curtos, olhos claros. Um olhar de anjo, expressão de alegria e serenidade. Apesar disso Alessandra Pelagatti esconde dentro de si recordações difíceis, feridas que ainda lhe fazem mal. O encontro foi em Roma, junto com seu marido Massimo e logo começamos a falar de sua experiência e de sua dor. Ela descreve a sua infância, a separação dos pais e o seu relacionamento com a mãe, uma mãe que a deixava com muita liberdade. Então aos 18 anos, depois de um ano de relacionamento com um homem mais velho, ela fica grávida. Então fala com sua mãe, aquela mãe que considerava aberta e moderna e ela lhe aconselha a fazer o aborto: “para o seu bem”. Palavras que com os anos se calcificaram na alma de Alessandra. A terrível experiência do aborto levará ao término do relacionamento com o noivo.
Alessandra começa novamente a namorar e outra vez engravida. Escolhe novamente abortar, tomando a decisão sozinha. Desta vez o relacionamento com o noivo prossegue, mas com o passar do tempo Alessandra começa a sentir-se sempre mais vazia e a ter um ódio que crescia por dentro: “Até que, um dia, me deito na cama, cansada, e não me levanto mais. Começa então um longo calvário. Tinha cerca de 24 anos e nos 13 anos seguintes comecei um trabalho contínuo em mim mesma, com idas a psicólogos, psiquiatras, remédios psicotrópicos, nova era, budismo, yoga, a procura de “algo”. Em todo este período cai em um abismo profundo que me fazia desejar somente tirar-me a vida.”
Os anos passam e aquela raiva cresce dentro. Alessandra encontra consolo apenas com seus bichos e no teatro. “Continuei a ter as minhas crises em momentos alternados e me agarrava somente a eles [bichos e teatro]”. Seguindo o seu caminho do teatro, aos 29 anos conhece o homem de sua vida. O amor torna-se a florescer, mas a sua calma é somente aparente, porque, no coração, o ódio permanece e se manifesta com atos de autoflagelação e ofensas verbais ao companheiro.
UMA REVIRAVOLTA:
“Depois do ano novo passado em Perugia [Itália], decidimos parar em Assis” continua seu marido Massimo. “também ela se declarava ateia, não estava muito interessada. Diante da tumba de São Francisco eu fiz uma oração especial. Estava desesperado. Depois dei uma Bíblia a Alessandra e a fiz assistir um filme sobre São Francisco. E eu sou daqueles que – sorrindo – acredito mas não sou praticante”. Evidentemente o pedido de Massimo é atendido e Alessandra começa a encontrar no Evangelho toda consolação que procurava. Um caminho lento, cheio de obstáculos pelo constante desejo da maternidade, que com o avanço da idade, era motivo de frustração constante. Embora tivesse encontrado Jesus no Evangelho, Alessandra permanece sem aceitar a sua situação e em uma manhã de 1 de maio de 2018 o desespero chega ao fundo e ela tenta o suicídio. Por milagre o seu companheiro Massimo a salva e ela define aquele dia como o seu “segundo aniversário.”
A VIAGEM A MEDJUGORJE:
“Vi em um programa de televisão Mirjana, uma das videntes, durante uma aparição. O seu rosto estava em paz e apaixonado.” Então Alessandra decide ir a Medjugorje e durante a viagem conhece frei Giorgio que lhe diz: “Pare de pensar naquilo que você fez e ofereça todos os seus sofrimentos ao Senhor. Nossa Senhora me disse: “VÁ ATÉ AQUELA GAROTA E LHE DIGA QUE NÃO FOI CULPA SUA”“. Aquela frase me perturba, mas me libera ao mesmo tempo porque “senti que Jesus foi para a cruz por mim e que era Nossa Senhora em pessoa que estava falando comigo. Eu por 15 anos fui para a terapia, sem compreender que o verdadeiro problema estava em perdoar a mim mesma e sobretudo a minha mãe, que sentia ter tido um papel na escolha que prejudicou a minha vida. Com o tempo eu compreendi que aquela frase que me disse para abortar era somente fruto do medo.”
Hoje Alessandra, embora tenha dificuldade de viver a fé em seu dia-a-dia, está serena e prossegue em seu caminho.
Que conselho daria a uma jovem que deseja abortar ?
“Diria a ela que todo o meu sofrimento que vivi como ateia. Depois falarei da voz que ouvia me dizendo que algo não estava certo, da sensação de ter uma pessoa dentro de mim. Eu me lembro bem e portanto lhe perguntaria se ela também sente isto. Porque se sente, é a verdade, e deve escutá-la.”