DE UMA FÉ MORTA A UM FOGO QUE ARDE
Pouco a pouco o caminho da conversão é contada por um jovem suiço – Patrik de Lausanne, Suiça :
“Em julho de 1984 estive pela primeira vez em Medjugorje. Me senti imediatamente em casa. Ali senti que o Senhor e Nossa Senhora me amavam tanto, por aquilo que eu era. Senti tanta paz e tanto amor nos olhos daquelas pessoas simples. Estive em Medjugorje por 9 vezes e sempre é uma experiência diferente, mais profunda. Vou a Medjugorje para rezar e aprender a amar. Tudo começou com um a morte de um amigo. Até aquele momento nunca tinha pensado na morte. Aos 22 anos tive vontade de experimentar tudo. A morte do meu amigo me fez refletir muito. Tomei consciência que um dia serei eu ! Naquele dia compreendi que a minha fé estava morta. Assim não podia nem consolar e dar esperança aos pais do meu amigo morto. Me chamavam cristão, mas eu não o era.
Comecei a procurar o Senhor lendo o Evangelho. Mas quis compreender tudo com a minha mente, sem obter resultados satisfatórios. E assim me veio uma cansativa dor de cabeça que durou um ano. Um dia recebi um livreto sobre Medjugorje do meu tio. Lendo-o, Jesus me tocou o coração e tive a certeza antes de ter ido lá. Queria passar minhas férias na Espanha; já tinha comprado o bilhete, quando senti um desejo fortíssimo de ir a Medjugorje. Não sabia o porquê, mas devia ir imediatamente. Este pensamento me dava paz.
Procurava o Senhor: e ali se dizia que aparecia Nossa Senhora. Eu não sabia nada de Nossa Senhora e os meus sentimentos por Ela eram infelizmente negativos. Me perguntava porque rezar para Nossa Senhora quando somente Jesus morreu por nós ? Mas decidi ir até Medjugorje. No livrinho que eu li estava escrito que Maria pedia para rezar o Santo Rosário e jejuar a pão e água. Comecei a rezar e a jejuar. Não entendia o sentido de rezar todas estas Ave-Marias e jejuar, mas confiei em Nossa Senhora. Pensei que Ela certamente sabia o que estava fazendo. Só um pouco mais tarde que, graças exatamente ao jejum e à confissão, o meu coração estava se purificando e abrindo-se à Nossa Senhora, à Igreja, à fé e à Santa Missa.
A DESCOBERTA DO ROSÁRIO: MAIS NENHUM CANSAÇO AO REZAR
As primeiras vezes que segurava nas mãos o terço me cansava muito. Olhava continuamente o relógio. Porque repetir 50 vezes a Ave-Maria ? Agora tudo mudou. Era como se a minha alma respirasse a oração. Não digo nunca: “Que cansaço em respirar” porque é algo natural. A mesma coisa deve ser da oração. A oração começa a fluir sempre mais do coração. O Santo Rosário agora rezo com muita boa vontade e frequentemente com os meus melhores amigos. Rezamos juntos por uma hora, duas, ou mais, com cantos e orações espontâneas. Estas horas passam como 5 minutos e nos vem a vontade de continuar. Depois de rezar alcançamos uma grande paz interior e sentimos um grande amor uns pelos outros em Deus.
A minha vida mudou muito. Me chamavam já de cristão. Sim, fazia as minhas orações, mas eram vazias ! Rezava por puro hábito. Esperava que Deus escutasse as “minhas” orações , mas não tinha tanta certeza. Agora eu tinha a certeza que Deus me escuta e sabe aquilo que me é necessário. A minha amizade com a Mãe e Jesus se desenvolvia pouco a pouco, como o nascimento de uma flor. Acredito que começou quando chamei Nossa Senhora “Mamãe”. Esta amizade se formou com poucas experiências, mas sobretudo com a oração. É na oração que sinto Maria muito próxima.
MARIA ACENDEU UM FOGO EM MEU CORAÇÃO
Encontrei Jesus através de Maria. Ela me conduziu a Jesus. Me acendeu um fogo novo no meu coração que quer arder sempre mais. E este fogo de amor se purifica continuamente na Santa Confissão e no Jejum, se alimenta de Jesus Eucarístico, de Sua Palavra (na Sagrada Escritura) e na oração. E assim Jesus ressuscitou também no meu coração, ou melhor a minha alma ressuscitou em Cristo e aspira com toda a força a se tornar um só com Ele. Também a minha relação com os amigos mudou. Depois da primeira peregrinação a Medjugorje comecei a fazer parte de um grupo de jovens da paróquia que organizavam a Santa Missa e também organizavam festas para os idosos e crianças. Uma vez depois da Santa Missa, enquanto partipava de uma atividade com eles, comecei a observá-los. E enquanto os olhava, senti dentro de mim um grande amor por eles e que naquele momento tinham se tornado os meus irmãos e irmãs. Senti isso muito profundamente.
A minha vida com meus pais era muito turbulenta. Antes era insuportável. Eles não podiam me dizer nada sem que eu explodisse. Depois eles também foram a Medjugorje. Agora procuramos discutir com calma (nem sempre funciona, mas houve uma melhora). Também entre meus pais existe mais paz. A oração na mesa antes de comer nos ajuda muito. Antes não rezávamos nunca juntos. Depois combinamos de fazer uma pequena oração de agradecimento na mesa juntos, como fazem todas as famílias cristãs em Medjugorje. O início foi um pouco difícil porque eu tinha vergonha. Mas pouco a pouco estas orações derrubaram os muros, as nossas barreiras interiores. Estas pequenas orações trouxeram a paz e a calma depois do trabalho. Nos permitiram encontrar tempo para nos escutarmos.
LEVAR A PAZ DE MEDJUGORJE PARA TODOS
Depois da primeira vez que estive em Medjugorje senti como um fogo sobre minha pele. E o sentia mesmo fisicamente. Tenho um entusiasmo fortíssimo e desejo gritar ao mundo que Deus existe. Os amigos e conhecidos pensavam no começo que eu estava um pouco maluco. Me comportava quase como uma criança que tinha recebido um belissimo presente e queria mostrar a todos que pulava de alegria. Depois da segunda peregrinação não sentia mais aquele fogo exterior. É como se tivesse sido absorvido pelo interior em um único lugar, no coração, e tivesse virado em um átomo radioativo que difundia a paz, o amor e a alegria. Me dei conta de que Medjugorje estaria dentro de mim se eu vivesse as mensagens de Nossa Senhora. Compreendi que todos devemos nos tornar uma pequena Medjugorje. Devemos enfrentar o mundo com o fogo do Espírito Santo que se espalha sem cessar em Medjugorje no Coração Imaculado de Maria. É impossível descrever tudo aquilo que eu estou vivendo. Não sei o que o Senhor quer exatamente de mim, mas sinto que minha vida será entrar em uma ordem religiosa mariana.
Sempre fui contra os sacerdotes, especialmente com o Papa. Desde quando era pequeno a minha mãe me perguntava se queria ser padre e eu logo respondia: “Não ! Nunca ! Tudo menos sacerdote”. Sempre os criticava e condenava. É muito fácil condenar os outros.
DAR A VIDA INTEIRA PELO SENHOR
Faz pouco tempo fui aos exercícios espirituais de padre GIno para me ajudar a compreender o que o Senhor deseja de Mim. Desejo viver a minha vida inteira pelo Senhor. As coisas deste mundo tornaram-se insignificantes. Quando nos agarramos à matéria, o coração endurece, torna-se egoísta e perde a paz e o amor. É importante ser simples. As pessoas em Medjugorje são simples e pobres. Por isto puderam acolher mais facilmente Nossa Senhora. Quando não se possui nada tem-se a necessidade de Deus. E quando O chamamos, Ele vem. É simples. Certamente terei dificuldades com a escolha da vocação, porque sou filho único e a esperança dos meus pais. Me deixarão livres, mas para eles será uma grande dor quando eu partir. Pensarão que me perderam mas será exatamente o contrário. Será mais difícil para eles do que para mim, porque eu sei o porquê desta escolha. Mas tenho tanta confiança que Deus me ajudará a aceitar e espero um dia agradecer com alegria por este imenso dom.
Agora devo rezar muito para que o Senhor me dê a sua luz para compreender com clareza o Seu Desígnio para mim. E seguramente tantos irmãos e irmãs que eu encontrei em MEdjugorje e que estão vivendo experiências parecidas, me ajudarão rezando por mim.
Louvados sejam Jesus e Maria !
Traduzido do italiano por Gabriel Paulino – fundador do Portal Medjugorje Brasil – www.medjugorjebrasil.com.br
Matéria original: https://medjugorjetuttiigiorni.blogspot.com.br/2014/10/da-quando-sono-andato-medjugorje-ho-la.html?m=1
Font:http://medjugorje.altervista.org/doc/testimonianze/074-fedemorta.php