Como nasceu a sua devoção em direção àquele lugar, destino de tantas peregrinações ?
“De Palestrina partiam e partem tantos peregrinos para Medjugorje e na minha diocese foram também formadas algumas belas associações de oração, de vida caritativa e de contemplação, guiadas por pessoas ou convertidas em Medjugorje ou muito renovadas de modo cristão a partir de peregrinações e visitas a Medjugorje”.
Quantas vezes esteve ali ?
“Fui lá todo ano de episcopado, isto é, dez vezes”
Que atmosfera respirou naquele lugar ?
“Participei de tanta oração, de tanta confissão, e subi me fatigando e rezando as duas colinas, locais mais importantes das primeiras aparições. Não vi fenômenos circenses, mas sempre o silêncio e tanta oração”.
O senhor viu as conversões ?
“Nunca, porque as conversões vem na calma do Espírito, atuam na vida quotidiana e nas obras de caridade que não nunca feitas num momento…”
O senhor conhece alguma pessoa que foi curada depois de uma viagem a Medjugorje ?
“De curas espirituais tantas, físicas ou de doenças não soube”
O senhor nunca acolheu os videntes de Medjugorje em sua diocese ?
“Serão assim até a Santa Sé não se fizer conhecer que é melhor evitar porque talvez as aparições sejam percebidas pelos fiéis como sobrenaturais e isto não é possível dizer e nem negar”.
O que o senhor pensa dos videntes ?
“Não conheço a todos somente alguns: para mim são pessoas sérias, motivadas, e que a vida não dá nem saúde, nem riqueza, nem vida familiar fácil. Estão preocupados em dar testemunho daquilo que viveram, dentro de uma humanidade normal. Uma vida sempre em luta desde as primeiras perseguições até as incompreensões de hoje”.
O Papa Francisco disse que fará um pronunciamento sobre Medjugorje. Teremos surpresas ?
“Segundo penso serão indicações pastorais para ajudar aos peregrinos a centralizar tudo em Jesus e de ter confiança e esperança, a converter-se sempre. Os fatos de Medjugorje são muito diferentes dos de outras aparições, e creio que a Igreja até que os envolvidos (os videntes) estejam vivos não tomará posição sobre as supostas aparições”.
Tratam-se de eventos sobrenaturais ?
“Eu sempre digo e ajudo os fiéis a não afirmarem que são sobrenaturais porque até agora não existem motivos válidos para afirma-lo, mas nem menos de negá-los. A fé não é algo que se coloca no bolso, mas sempre acolher a ternura de Deus e a criatividade do Espírito Santo e formar a nossa vida”.
Fontes: http://www.ilgiornale.it/news/politica/medjugorje-nessuna-baracconata-1138798.html