IRMÃ EMMANUEL: JESUS ME TIROU DO ABISMO DA MORTE PARA A RESSURREIÇÃO E ME LEVOU A MEDJUGORJE

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Irmã Emmanuel Maillard hoje mora em Medjugorje de onde escreve seus livros, recolhe as histórias e escreve o seu boletim mensal CHILDREN OF MEDJUGORJE traduzido em diversas línguas.
A minha história teve início no pensionato para moças, quando, na idade de quinze anos, comecei a me interessar na astrologia e no espiritismo. Alguns de meus amigos não tomavam decisões sem consultarem as estrelas, as cartomantes e os espíritos, através da tipologia. Os meus pais e as freiras do instituto católico não tinham ideia de como nós usávamos o nosso tempo livre.

Na minha vida mando eu. Como moça católica conhecia o catecismo, também o Evangelho mas não me lembro nunca de ter ouvido falar nem em minha infância, nem durante a minha adolescência, que a Bondade de Deus tivesse um plano para a minha vida. Eu tinha também uma imagem espantosa de Deus, por causa das práticas espirituais que eu participava com uma certa ingenuidade.

No meu subconsciente tinha desenvolvido um mecanismo de recusar esta ideia. Até os 17 anos eu decidia sozinha aonde deveria ir com minha vida, porque eu estava convencida de que se eu me abandonasse nas Mãos de Deus a minha vida seria uma via crucis e eu terminaria em uma grande depressão. Todas as vezes quando falavam da Vontade de Deus, para mim era um sofrimento.

Parecia escutar somente julgamentos como: “você não tem nem 30 anos e já é viúva, mas se é a Vontade de Deus, Ele te dará a força para carregar a sua cruz”, ou “É uma pessoa boa, mas tem uma doença grave e restam-lhe somente dois meses de vida; mas é a Vontade de Deus, rezemos por ela”, ou “Tive uma criança que infelizmente é surda… mas se é a Vontade de Deus, devo aceitar”.

Até a idade dos 20 anos eu procurava uma saída desta escuridão e deste sofrimento. Porque eu estava no mundo ? Não achava resposta em nenhum lugar.

Aos 24 anos Emmanuel sonhava abrir um pequeno negócio em Paris, onde venderia artigos femininos e jóias vindas da ìndia. Como veio em sua cabeça esta ideia ? Por anos ela procurava a obra do Espírito Santo. Desejava viver-la como no tempo dos apóstolos. Desejava encontrar testemunhas vivas do Evangelho, como São Pedro e São Paulo. Fez então uma promessa a Jesus: “Assim que encontrar tais apóstolos, deixarei tudo e irei Contigo !”.

Mas não os encontrando em lugar algum, pelo menos na Europa, a sua esperança voltou-se para o Oriente, porque nos países orientais se dá muita importância à vida espiritual. Permanecendo um longo tempo na Índia, Emmanuel esperava encontrar aquilo que procurava. Um dia encontrou o ministro da enconomia de Punjab, que lhe aconselhou consultar um bom amigo astrólogo, antes de iniciar o projeto de trabalho, porque queria saber se sua empresa nasceria “embaixo de uma boa estrela”.

Emmanuel fazia frequentemente adivinhações sobre o futuro e portanto concordou com este convite. No dia seguinte ficou marcado um encontro com Shri Sharma um guru indiano. Ele a fez sentar. Tinha uma longa barba branco-amarelada e estava sentado em posição de lótus sobre um lençol que, anos antes, deveria ter sido branco. Depois de saber o seu nome, local e data de nascimento, pegou o “seu” livro da vida de sua vasta biblioteca. “O conservava por causa dela, sabia que ela viria”.

Com uma voz monótona, sem sentimento, sem interesse e com um olhar penetrante e frio, começou a leitura das folhas amareladas, presumidamente escritas milhares de anos atrás em sânscrito (a língua antiga dos hindus). Emmanuel olhava o ministro com ar cético e perguntou se verdadeiramente aquele era o “seu” livro da vida.

Ele me tranquilizou. O assim conhecido “iluminado”, ou melhor  “esclarecidos”, descrevia muitas coisas particulares de sua vida, dos seus pais e parentes, falou sobre uma doença quando ela tinha um ano de idade, que quase a tinha matado – fato de que a sua mãe lhe confirmou mais tarde – e desta maneira o “guru” lia ano a ano a sua vida.  Falava das suas notas na escola, de seus sentimentos mais íntimos e dizia que tinha escolhido a faculdade porque “marte estava perto de Júpiter e Saturno”.

Depois começou a falar do futuro de Emmanuele. Ele a fez acreditar que toda a sua vida dependesse das estrelas, o livro de sua vida anunciava provas duras e graves sofrimentos. Ele estava sempre mais assustada e sentia um frio gelado. Quando o iluminado fechou o livro,chegou aos seus 30 anos de idade. Quando foi pegar o segundo livro, Emmanuele disse rapidamente: “Não, não, basta !”, se levantou e sem dizer nada saiu.

“Até aquele momento tinha acreditado que minha vida estivesse nas mãos de Deus”, escreveu mais tarde. “Deus tinha me chamado à vida por amor. Acreditava que Ele me tinha em Suas Mãos e que ao final sobraria apenas o amor. Depois de tudo aquilo que ouvi, tinha a prova de que não era assim; eram as estrelas que desenhavam o meu destino, o iluminado tinha feito de mim uma órfã: tinha perdido o meu Pai do Céu.

Com muita habilidade tinha desmontado a minha fé e tinha me convencido que a minha vida era unicamente o produto de uma sequência impessoal, planetária. De repente fiquei prisioneira das formações de estrelas longínquas, das quais não sabia nem mesmo o nome. A predistinação me pesava como um jugo sobre os meus ombros, me deprimia e me dava medo. Não conseguia me libertar, era prisioneira do fatalismo”.

Comecei a verificar tudo aquilo que tinham “previsto as estrelas”. Emmanuele frequentemente dizia a si mesma: “É assim, ele tem razão, ele tinha predido a mim”. No meu íntimo crescia um câncer espiritual e escondido. Eu não tinha mais esperança. Começaram coisas estranhas: acordava a noite com um medo terrível e uma sensação de sufocamento.

Começava a pronunciar palavras de ódio, sem motivo, contra as pessoas, fiquei sem apetite e o meu físico se enfraquecia. Tinha depressão e sentia revoltada contra tudo e contra todos. Por nove meses vegetei.

Me sentia próxima da morte, não faltava muito. O pensamento do suicídio tomava conta de mim sempre mais fortemente. Minha irmã Maria Pia compreendeu a minha situação desesperada na qual eu me encontrava e decidiu convidar-me: “Amanhã é Pentecostes, venha comigo, achei um grupo de oração carismática; eles se encontrarão para louvar o Espírito Santo. Venha, Ele te ajudará sem dúvida”.

Emmanuel não estava convencida e tinha pensamentos depressivos: “O seu Espírito Santo será bom, mas não poderá me ajudar!”. Sua irmã de qualquer modo disse o lugar do encontro: Paris, Rua da Assunção.

A noite foi o inferno para Emmanuel como descreveu mais tarde: “me sentia nas mãos de satanás e internamente destruída. Quando amanheceu, não tinha mais nenhuma perspectiva para a minha vida.

Fiz então a minha última oração a Deus. Foi certamente uma das mais curtas, mas ao mesmo tempo a mais sincera: “Senhor, Tu vês que eu não posso mais viver, nem mesmo por mais um dia. Te aviso que hoje acabarei com ela. Às cinco da tarde não estarei mais viva ! Esta foi a minha oração da manhã !”

Emmanuele tinha também programado como acabar com sua vida às cinco. Parecia que as horas não quisessem passar. Em sua dor, todavia, se sentia empurrada a aceitar o convite de sua irmã. Recordava precisamente o endereço: Paris, Rua da Assunção. Então decide ir lá. Lá já estavam 30 pessoas. Parecia que faziam parte de um outro mundo. Logo me vem na mente: “Aí estão os apóstolos que eu procurava há anos”. Os via, mas como em um filme, já era tarde ” Entre eu e eles existia um abismo insuperável. Eu já estava no mundo dos mortos.

Estava fechada nele. Às cinco não estarei mais entre os vivos. Eles talvez tivessem a luz, melhor para eles. Chegou as 15:30. Eu estava apática e desesperada no meio de pessoas felizes e eu olhava sempre para o relógio. As suas orações não me tocavam. Eu tinha apenas mais 1:30 de vida. Próximo das 16:00 chega Andrée, uma mãe de família muito simples. Entre os 30 católicos ela era a única protestante.

Logo que sentou-se, disse em alta voz: “Irmãos e irmãs ! Entre nós está alguém que se encontra próxima da morte. Esta pessoa se deixou enganar pelo inimigo. Participou do espiritismo e da evocação dos espíritos, por isto satanás a mantém prisioneira. Jesus porém tem o poder de libertá-la e dar a ela uma nova vida. Venha até aqui e nós rezaremos por ela. Todos estavam perturbados por aquelas palavras.

Emmanuele sabia bem que se tratava dela. Ela se irritou e decidiu falar com esta senhora depois da oração. Pouco depois das 16:30, a oração terminou e Emmanuelle se aproximou de Andrée. “Ela falou de alguém que está perto da morte…”, “Ah, então é você ! Venha conosco. Então o que você fez ? Você estava no reino do inimigo, frequentou astrólogos e um iluminado. Verdade ? Perguntou aos mortos e participou de sessões de tiptologia ?”. “Sim, fiz na minha juventude, junto com amigos, mas não sabia”. “Você acredita em Jesus Cristo ?”

“Você mesma se colocou nas garras do inimigo. Ele te amarrou e te tortura. O seu desejo é matá-la. Você acredita que hoje Jesus tem o poder de libertar de suas amarras, para que você possa caminhar na luz ?” “Sim, eu acredito ! Sabe, Andrée, também se Jesus me libertar, eu também prefiro morrer.

Porque os demônios fizeram tantos danos em meu coração que não posso suportar mais este sofrimento”. “Mas se você acredita que Jesus tem o poder de expulsar os demônios que te feriram, não acredita que Ele tenha o poder de curar estas feridas ?” “Sim, acredito que Ele possa me curar !” “E você concorda em não praticar mais estas abominações ? Porque, cuidado ! Se você recomeçar, acontecerá algo pior !”

Não tinha mais tempo a perder. Andrée e o grupo começaram a bendizer o Senhor na alegria e na confiança e pediam perdão pelos pecados de Emmanuele. Logo foram quebradas as ligações de maldição que o “iluminado” da Índia a tinha imposto. Depois de louvores e bençãos, veio o silêncio.

Durante a oração, Emmanuele não tinha sentido  nenhum choque, nenhuma emoção nova, nada. Mas uma vez que ficou em pé, se deu conta que o seu sofrimento, a sua angústia mortal e todas as dores tinham desaparecido ! Ido embora ! Jesus tinha passado por ali de verdade…

O meu relógio agora marcava 17:00 ! Tinha um encontro com a morte, mas o Deus Vivo tinha vindo até mim e não a morte. Eu sentia o Bom Pastor perto de mim, Ele tinha descido na minha fossa sórdida e tinha me tirado de lá. Sentia a Sua vida escorrer como uma torrente de delícias. Todo o meu ser estava imerso na alegria de uma ressurreição!

Naquela noite decidi dar a minha vida a Deus. “Senhor, hoje o meu plano era morrer, mas o Senhor tirou sobre mim a minha morte e me deu a Tua Vida. Agradeço ao Espírito Santo pela Sua Potente Intervenção”.

“A partir daquele momento eu não tive mais medo da Sua Vontade. Ao contrário, recebi a graça de poder cumpri-la em cada momento. A Vontade de Deus quer dizer vida. O Espírito Santo me deu sobretudo o Temor a Deus, isto é, o temor de desagradar a Ele. Naquela noite eu dormi como um recém-nascido no peito da mãe, e desde aquele dia começou para mim uma vida totalmente nova”.

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Breve biografia de Irmã Emmanuel Maillard Nascida em Paris em 1947, formou-se na Sorbonne em 1969 em literatura e arqueologia. Até 1973 trabalhou e viajou, fazendo uma profunda experiência no espiritismo, adivinhação e astrologia na Índia. Em 1973, conhece a renovação carismática na França que muda completamente sua vida, em 1975, seguindo o chamado do Senhor entra na Comunidade Leão de Judá pronunciando os votos solenes em novembro de 1978.

Depois de uma estadia em Israel por sete anos, volta para França e sente um forte apelo de evangelizar através da mídia (cassetes áudio). Em 1989, ele foi convidada por sua comunidade, que mudou desde o seu nome para Comunidade das Beatitudes, para morar em Medjugorje, a fim de espalhar as mensagens de Nossa Senhora.

Em 1990 ele fundou a associação Children of Medjugorje e envia sistematicamente uma newsletter duas vezes por mês, o que é traduzida para os principais idiomas do mundo.

Em 1996, a associação começou o programa de televisão semanal Medjugorje: a última chamada de nossa Mãe, no mesmo ano Irmã Emmanuel foi recebida pelo Santo Padre que entusiasticamente a encorajou e abençoou.

Em 1997, um espectador americano depois de ver o programa de TV a convidou para falar diante do Congresso dos EUA. Irmã Emmanuel gravou 22 cassetes áudio, 50 programas de TV e um programa de rádio e publicou vários livros. Todas as suas gravações e publicações tiveram o nihil obstat.

Depois de publicar esta história em um blog recebi o seguinte e-mail. A ******* Olá, acabei de ler a história que você enviou sobre a vida de Irmã Emmanuel (espero ter escrito bem o nome), ele estava muito emocionado, porque eu também estou passado por ali … querendo saber o futuro, consultar as cartas e entrei em contato com um “mágico” (todos ingenuamente) que, ao fazer o meu mapa natal, fez com que eu me identificasse com o testemunho (um pouco como Irmã Emmanuel) .. ., em seguida, o grande teste, que é o que aconteceu no meu casamento … só então a mão de Deus me libertou daquelas cadeias renascer para Ele.

Minha jornada espiritual não começou a muito tempo (minhas crises internas retornam de vez em quando), mas agora eu sei o quão mal que eu fiz para mim mesmo e àqueles em torno de mim e eu sei qual caminho seguir. Obrigado por esta história, chegou no momento certo … Saudações, Letizia

 

Traduzido do italiano por Gabriel Paulino – fundador do Portal Medjugorje Brasil – www.medjugorjebrasil.com.br

Matéria original: http://medjugorjetuttiigiorni.blogspot.com.br/2015/09/mi-sentivo-vicino-alla-morte-il.html?m=1

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