O enviado papal, monsenhor Henryk Hoser afirma: “este é um lugar abençoado por Deus, de encontro e diálogo com o Senhor através da Virgem”
“Medjugorje é referência de oração internacional onde se tocam com as mãos os extraordinários frutos espirituais. Me refiro por exemplo às conversões, às vocações sacerdotais e religiosas, às incessantes confissões. Para mim não existem traços de heresia”, explicou Monsenhor Henryk Hoser, arecebispo polonês e enviado do Papa Francisco a Medjugorje para estudar o fenômeno mariano na cidadezinha da Bósnia.
“Foi um ano intenso, tudo no sinal de Nossa Senhora” afirmou Hoser, que em 22 de julho de 2018 iniciava o seu ministério de visitador apostólico em Medjugorje, onde desde junho de 1981, seis jovens (hoje adultos) afirmam ver a Virgem e receber as Suas mensagens.
“Lugar abençoado por Deus”
“As pessoas dizem que sentem a presença de Nossa Senhora” – disse monsenhor Hoser para a revista Avvenire – Mas ter consentido com as peregrinações não deve ser interpretado como uma confirmação (autenticidade) dos acontecimentos ligados ao nome de Medjugorje (somente as sete primeiras aparições são consideradas sobrenaturais). Este é um lugar abençoado por Deus, de encontro e de diálogo com o Senhor através da Virgem, marcado pelo silêncio, pelo Rosário, pela meditação, pela catequese, pela celebração dos sacramentos, em particular pela Eucaristia e pela Confissão”.
“Hoje a minha missão em Medjugorje é acompanhar os peregrinos que chegam de todos os continentes e estar próximo deles. Os mais numerosos são os italianos e poloneses. Mas foram registrados peregrinos de oitenta diferentes países. Na semana passada, por exemplo, aconteceu o retiro internacional para os sacerdotes com quatrocentos presbíteros de quarenta nações que foram acolhidos em casas particulares gratuitamente. Este é um de tantos sinais que me comovem”.
Hoser indica uturo fruto: A “Vila da Mãe” – “Fruto da intuição de padre Slavko Barbaric durante a guerra dos anos noventa na Bósnia-Herzegóvina como estrutura de acolhimento aos órfãos, é também uma “família” aberta aos necessitados que ajuda os desamparados, refúgio para as mulheres em dificuldade e tem um centro de recuperação para os toxicodependentes. Uma realidade que vai de cncontro à humanidade ferida e que demonstra como a devoção à Virgem se traduz em caridade”.
Sobre os videntes, o enviado papal afirma: “São casados. São envolvidos com a família. Tem filhos, Alguns já são avós. Para viver também são dedicados ao acolhimento dos fiéis. Quando falei um um deles, começou a chorar como uma criança porque sentia=se ferido por tantas pessoas”.
Segundo Hoser é necessário um “caminho favorável de formação para evitar desvios ou enganos”.